Reinados

Escolham o destino dos ritos

Atirem as folhas no chão imperfeito

Vistam o abismo sagrado inventado pela ambição

Corpos em cópula esguicham espinhos no céu


Desumano orgulho dos déspotas travestidos de deus

 Estrelas descansam no mundo com heróis forjados no inferno

 Defendam a morte dos sonhos porque as águas não limpam o calvário

Recomecem a farsa dos anjos azuis


Cortem a pele dos monstros criados por leis

Venham com um presente escondido por dentro dos cavalos de madeira


Olhos de Judas, mãos de Pilatos´

Pés lavados no escuro


Mar e reinado entre as cabeças cortadas 

Pedras lançadas no mundo 

Poemas de Ló na loucura



Edemir Fernandes Bagon



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