Distâncias
das coisas que em silêncio refazem os ritos dos formatos prescritos na memória da dor compreendida pela vida do encanto em cada nascente desconstruída abraçam-se mar e terra como vidros colocados em lençóis cinzas do tempo corpóreo dividindo a alma que espera do sorriso fabricado pelas sobras da virtude dos sinos delicados das flores azuis que os véus suplicam do desejo adormecido em cada manhã deixada para sempre do cansaço acolhido pelo perdão em seus braços de um nome destinado sem ter corpo ainda tempo das águas caírem do céu das pedras brilharem no escuro tempo de orar palavras com velas acesas de encontrar sinais despidos de fazer as pazes com o vício de dançar no submundo da saudade de ficar por entre as pedras dos rios de estar entre os fios tecidos pelas Fúrias Edemir Fernandes Bagon