Tear
Aquele homem se arrastava na calçada da Avenida Paulista.
Pernas inválidas. Um cartaz sustentado no pescoço.
Dezenas de pessoas se desviavam do seu corpo a todo instante.
Perto dele uma banca de jornal e uma estação de metrô.
Treze graus indicados no termômetro.
Um frio inválido lhe tocava os membros superiores.
As mãos seguravam uma cesta transparente.
Algumas moedas lhe eram jogadas.
Um velho se aproximara dizendo algumas palavras.
Um sorriso nasceu. E rugas se fizeram nos cantos dos seus olhos.
Seu espírito sentia a chuva fina e cinza.
Seus pés sujos colocados em cima de um papelão molhado.
Os sons dos carros.
Os escarros deixados a seu lado.
O tear do tempo e o desespero de ser no mundo.
edemir fernandes bagon
O mundo pode ser mais cruel do que parece... bom dia!
ResponderExcluirOlá Edemir! Seu post nos remete à reflexão social, tantas pessoas consomem suas vidas nas ruas, sem destino, sem esperança... Poeta, um lindo final de semana!
ResponderExcluirMaravilhoso,...amei!
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho.
Sinval
Olá!! Gostei do que li,bonitas palavras,mas lá no fundo,é bem triste. Deus queira que a vida te traga imensas alegrias. Beijinhos e fica com deus!! http://mafaldinhaarte.blogspot.pt
ResponderExcluirA vida deles não é vida /:
ResponderExcluirBlog Bruna Morgan|Universo em bolha de tinta
Muito bom o texto, parabéns.
ResponderExcluirUma iluminada semana a você.
Um grande abraço!