Caminhos II
Quando o vento tocou no passado
Os olhos esqueceram
E de repente as mãos quiseram tocar no mundo
Com a mesma sensibilidade dos peixes nas pedras submersas
Vieram também a criança e a mãe que sonhavam e
Deixaram lá fora o acaso
Quando a vida encontrou o amor
A linguagem e a espera se tornaram símbolos
Desceram os homens as escadas dos seus credos
Enxergaram as pedras em linhas azuis
Quando o vento tocou no passado
Os caminhos pintaram os espelhos
Edemir Fernandes Bagon
(By Renato Guedes)
Cada dia o passado cresce e a história de quem somos fica mais longa. Nem todo mundo tem a paciência necessária de escutar.
ResponderExcluirComo sempre... tens razão, Poeta da Colina.
ExcluirLindo, lindo, lindo. Só.
ResponderExcluirObrigado pela sensibilidade, Ana Bailune! Obrigado, obrigado, obrigado.
ExcluirSoneto-acróstico
ResponderExcluirE quando o vento tocou no passado
Deixando indelével e profunda marca
Então quisera caminhar bem ao lado
Meditando sobre que o vento abarca.
Impressiona que tanta sensibilidade
Reflita no dia-a-dia dessa boa gente
Faz portanto muito bem pra vaidade
Enquanto muda corpo e bole mente.
Respeite em seus credos os homens
Nem sequer importa pedras azuladas
Ainda que assim muitos anos somem.
Deixa que as mães e suas criançadas
Encontrem seu bom caminho e tomem
Sem se preocupar com essas escadas.
Genial, JAIRCLOPES! Genial!!!!
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