Tecidos
o tempo vai desfazendo suas linhas de tecido
palavras envelhecem como espírito
vai desconstruindo precipícios
tênue margem entre o que busca e finge
doce feito virgem num caleidoscópio
raro dentro do corpo em tons de amor
desfigura a vida violada pelo medo
vira novelo sem fim
Edemir Fernandes Bagon
Soneto-acróstico,
ResponderExcluirO tempo passa
O tempo desconstrói os eventos sim
Tecido inconsútil que une bem e mal
Encontros tanto do bom como do ruim
Caleidoscópio que viaja na terra-nau.
Inda que esse arrogante tempo queira
Desfigurar a tessitura que todos une
Onde houver uma palavra verdadeira
Determinado está que sair-se-á impune.
Onde houver récuas de humanidade
Tempo haverá para que tudo se faça
Então contemos com certa ubiquidade.
Mas quem de nós, essa humana raça
Poderá gerir o tempo com acuidade
Ostentando inteligência tão escassa.
Caro Edemir,
ResponderExcluirObrigado por me seguires.
Assim, tive oportunidade de ler a excelente poesia que aqui tens.
Um abraço.