Dourados
Desceu as escadas de sua casa com toda a poética de uma criança. Riscou o tempo com as mãos, trazendo as folhas de seu caderno no espaço. Deixou este nos degraus com suas letras e desenhos. Em seguida, pegou de uma só vez aquele brinquedo de rodas que estava sob a árvore do quintal. Um pé no pedal e o outro, também. Os olhos voltavam-se para o portão da frente da casa. Num esforço contínuo, realizou magicamente seu maior desejo naquele momento. Depois, deixara seu brinquedo no chão e abraçou seu caderno outra vez. Gritou pelas irmãs mais novas, pela mãe, pela tia e pelos avós (numa felicidade incontida, até mesmo, pelo céu dourado daquela tarde).
- Eu consegui! Parabéns pra mim!! Eu consegui, Vô! Aprendi a andar de bicicletaaaa! Uhuhuhuhu!
Edemir Fernandes Bagon
A felicidade contagiante de quem consegue realizar um sonho
ResponderExcluirUm texto bonito e envolvente
Um abraço
Grato pela leitura.
ExcluirAbraço fraternal.
As alegrias da infância, as mais simples, as que realmente valem a pena!
ResponderExcluirSim, essas lembranças valem.
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