Incógnita
mar de verdes olhos que ensinam ao tempo
amor vermelho dos cabelos de mulher-moça-menina
escorpião tocado pelos seios gêmeos
quadraturas de versos ascendentes em Libra e Áries
mãos em forma de vida e água e terra e ar
cantigas em todos os cantos do espírito
[presentes, sob forma única, na memória do destino.
ventre de cristal molhado de orvalho
vaso de amoreira dentro da pele branca
corpo encilhado no gosto da língua doce
palavras escritas nas paredes equivocadas de autores desconhecidos
imagens, em silêncio discursivo do desejo, sussurradas nos ouvidos
brincos de pérola deixados atrás dos sonhos
[sementes e frutos, tocados nus, adormecem sob a lua minguante.
Edemir Fernandes Bagon
Comentários
Postar um comentário