Desespero
perdi a noção do tempo e da sensação de
como foram os anos de minha vida
[o doce mundo que parti ao meu gosto]
com o meu amor inteiro
[dividido com o vento (?)]
[dividido com o vento (?)]
perdi os sentidos primeiros
e procurei a forma da pura insanidade
e procurei a forma da pura insanidade
desencantei-me por quase tudo que ainda existe
sonhar...[?]
talvez existam caminhos formados
procurados na ideia de outro dia
como se o eu estivesse competindo
ou quisesse voar de um penhasco
pairando sobre o espírito inquietante do mar escuro e longínquo
para calar-me num imensurável e estranho eu-perfeito e
quase imperceptível sob a forma de um desejo em preto e branco
entreguei-me a mim mesmo para esperar pelo tempo novamente
para mergulhar doravante no encanto da própria esperança redimida
sem ter mais a ansiedade pela compreensão da vida
senhor de mim mesmo - em total desespero,
(escravo de minha fé na insanidade)
eu (imperfeito) vejo o dia chegar da janela do quarto e a vida ir embora em silêncio-segredo.
Edemir Fernandes Bagon
Nossa, chega doer de tão lindo!
ResponderExcluirMe identifico muito com tua escrita, poeta!
BeijO