Severina

Estação de trem. Carapicuíba.
Severina estendeu-me o braço.
Queria ela saber onde estava o antigo prédio (...).
Fez um gesto e se dirigiu para o caminho da grande pedra.

Severina pegou o ônibus errado.
Eram quase três horas da tarde.
Descrevia-lhe tudo ao redor: calçada, banco, faixa, semáforo...

Eu a deixei diante do prédio antigo.
Retornei a casa e não quis mais me ver ao espelho.

[Edemir Fernandes Bagon]

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