Medievo
I
feição de moça triste no campo sob o estranho céu de Deus
descida de todos os anjos que espreitavam um canto antigo da memória
num balaústre delineado no amplo território do espírito
II
bem ao fundo
uma parede branca
com armário embranquecido
e no eterno uma cantiga medieval
III
não ao tempo e ao mistério
morte da angústia e da cegueira
abram-se os montes das oliveiras com as mãos
com as vísceras
com a carne
IV
no espelho do quarto
esteja esperando a vez de partir
fique esperando a vez de sonhar
com o corpo feito de rosas
com cabelos de flores
com dores nos dentes
V
termina a vida com uma canção nos lábios
seja a partida e o sonho ao mesmo instante
sem repartir nada
deixe dois livros sobre a mesa
cinzas de cigarro pelo chão da casa
reivente um mito grego
em silêncio
VI
feição de moça triste nos campos sob o estranho céu de Deus.
edemir fernandes bagon
feição de moça triste no campo sob o estranho céu de Deus
descida de todos os anjos que espreitavam um canto antigo da memória
num balaústre delineado no amplo território do espírito
II
bem ao fundo
uma parede branca
com armário embranquecido
e no eterno uma cantiga medieval
III
não ao tempo e ao mistério
morte da angústia e da cegueira
abram-se os montes das oliveiras com as mãos
com as vísceras
com a carne
IV
no espelho do quarto
esteja esperando a vez de partir
fique esperando a vez de sonhar
com o corpo feito de rosas
com cabelos de flores
com dores nos dentes
V
termina a vida com uma canção nos lábios
seja a partida e o sonho ao mesmo instante
sem repartir nada
deixe dois livros sobre a mesa
cinzas de cigarro pelo chão da casa
reivente um mito grego
em silêncio
VI
feição de moça triste nos campos sob o estranho céu de Deus.
edemir fernandes bagon
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