Diário
As janelas continuam abertas.
Quase noite.
Na casa ao lado, a mulher espera calada a chegada do
filho.
Atrás do meu cômodo, um casal de velhos calados espera
a vinda do neto.
Em frente ao portão de casa, o pai da menina descansa
na cadeira colocada no quintal.
Os latidos que não param.
Os olhos deixam as páginas de Dostoiévski.
O coração é acusado injustamente.
Edemir Fernandes Bagon
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