μαρίνα

"
"Mulher Entre as Ondas” (1868), por Gustave Courbet. 


Único lugar em que me sinto pleno é perto dos seus olhos.
Decerto, o destino existe em espírito.

O mar aberto em mistério e as sementes dentro dos frutos resistem
                           [citricamente].

De perder-se tanto, o presente renasce em palavras e gestos.
Encontra ele anjos carnais de verdes cintilantes.

O amor descansa numa namoradeira embaixo da árvore.
E diz, o tempo inteiro, para o céu cortado em suas raízes:

"Toque em minhas mãos para ser meu desejo."


Edemir Fernandes Bagon

Comentários

  1. O primeiro verso do poema já diz tudo. Lindo!

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    1. Muito obrigado, Ana Bailune! Reitero: é uma alegria imensurável ler um comentário seu! Um abraço fraterno!

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