Nefelibata


deixo meu corpo num tanque cheio de espinhos
espero pela canção do mar

espalho sal nos olhos dos espíritos
e, nas ruínas do tempo,
                                permito que meus pés se afastem do deserto


por entre os vícios do mundo
e estátuas profanadas

[minhas cidades de vidro cortam o céu em pedaços]


                      antes de ser, meu não-ser brincava com as nuvens



Edemir Fernandes Bagon




By @diegoorigrafima

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