Nascentes
da árvore cai a fruta vermelha que tem sabor de infância
da chuva vem a alegria da lembrança do primeiro beijo
do caminho feito de pedras cinzas não me lembro
das mãos nascem as formas da tristeza
das janelas tem-se o gosto das estrelas de absinto
dos espelhos surgem sonhos invisíveis
das entranhas nascem cegas as paixões
dos instantes vem a vida sem o linho
das estátuas surgem tortas as palavras
da morte descobrem-se os olhos de um menino
da espera viera a mãe com os braços enterrados
da saudade foram lançados do outro lado os espinhos
dos sinos construíram as igrejas com as portas fechadas
do oposto criaram-se os mártires de bronze
do início veio a carne sem o verbo
do início veio a carne sem o verbo
[Edemir Fernandes Bagon]
do coração nasce a esperança
ResponderExcluirdois dias que virão nascemos aos poucos
Beijo e admiração!!!